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sábado, 15 de abril de 2023

A Grande Música de África - "O Leão Dorme Esta Noite" ("Wimoweh")


Ouçam em duas versões:
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1 - Pela grande Miriam Makeba:


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2 - ... ou pelo velho Pete Seeger:

quarta-feira, 5 de abril de 2023

África Minha!

 
Afrikaan Beat - numa interpretação de Burt Standers
 
 
 
… ou na dos The Shangaans
 
… a partir do inesquecível original de Bert Kaempfert
(recordar aqui)

terça-feira, 19 de julho de 2022

A Lição de Kinshasa (África - República Democrática do Congo)






... uma inesquecível lição ministrada por cento e setenta almas, alegremente - e harmoniosamente - irmanadas pela energia irreprimível do espírito humano, ali, um pouco acima de Angola, à beira do grande rio Congo, na luxuriante Kinshasa, cidade africana de quotidianos agrestes... (aqui)

Sabiam que passou a existir, pela fé, pelo engenho e pela sensibilidade desta gente admirável, uma Orquestra Sinfónica de Kinshasa?

Na qual, como diz a certa altura Joséphine Matubenza, fazer música como eles a fazem é, realmente, rezar uma segunda vez.

"Nós rezamos", diz ela, "e depois da oração cantamos".

Escutem-nos aqui:








quarta-feira, 23 de março de 2022

O triunfo do heroísmo na Ucrânia - O exemplo de Rantanplan [Триумф героизма в Украине - Пример Рантанплана]



... surpreendentemente exibido, como podem ver no filme abaixo, por um cachorro franzino e coxo.

Às vezes a coragem não tem limites e irrompe de onde menos se espera - sendo essa, ao fim e ao cabo, através dos tempos, a genuína essência dos heróis e o pilar da liberdade dos povos.

Quanto à poderosa e arrogante dupla de leões que se vê no filme, parece não ter percebido, até à data, o que lhe aconteceu.

Diz-se por aí que continuam com os crânios cheios de pontos de interrogação...

Transpondo isto para o domínio dos humanos, dir-se-ia que é assim que começam as resistências, os combates e as vitórias que fazem progredir o mundo.

Começam exactamente quando aqueles a quem se deseja impor submissões cabisbaixas e eternas decidem revoltar-se contra o poder ditatorial e assassino dos opressores e os condenam  à derrota.

Passando por cima de todas as prudências, de todos os medos e de todas as repressões…





"Estão a falar de mim?"

— Ты говоришь обо мне?

...............

Viva a Ucrânia Livre e Independente!

да здравствует украина Свободный и независимый!


Derrubem, prendam e julguem Putin!

Снять, арестовать и судить Путина!

Take down, arrest and judge Putin!




... удивительно показана, как вы можете видеть в фильме ниже, тощей, хромой собакой.

Порой мужество не имеет границ и прорывается там, где его меньше всего ждут, — ведь это существо, прошедшее сквозь века, подлинная сущность героев и столп народной свободы.

Что касается мощной и высокомерной пары львов, показанных в фильме, они, кажется, до сих пор не осознали, что с ними произошло.

Говорят, что их черепа до сих пор полны вопросительных знаков...

Перенося это на область людей, можно сказать, что именно так начинаются сопротивления, битвы и победы, которые способствуют мировому прогрессу.

Они начинаются именно тогда, когда те, кому хотят навязать унылое и вечное подчинение, решают восстать против диктаторской и убийственной власти угнетателей и обрекают их на поражение.

Преодолевая всю осторожность, все страхи и все подавления...



quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Aberturas de Grandes Livros - "A Maravilhosa Viagem" (Castro Soromenho - Portugal) - REPOSIÇÃO




(Capa da edição da Arcádia)





O navegador português Diogo Cão, a que se refere o autor,
coloca o padrão nas costas do Sul de Angola.




Casa do século XV, ainda hoje existente no centro da cidade de Vila Real (Trás-os-Montes, Portugal), onde a tradição garante ter nascido o navegador Diogo Cão.

..........


"A Maravilhosa Viagem", de Castro Soromenho (descrição das costas do Sul de Angola)


“Um mundo misterioso vem até às areias desérticas, soltas ao vento, onde se ergue negra penedia que se alonga pelo mar. 

Pequenos morros nus e escuros destacam-se aqui e ali, na costa, com pássaros marinhos ao sol. Ao redor, um mundo de areia. 

Uma asa negra de abutre ganha, ao longe, os céus do deserto. Sobranceiro ao grande mar africano, abrem-se os braços de um padrão.

Quando todo o areal luz ao sol e o céu é azul claro, sereno e límpido, enxerga-se na linha do horizonte, terras dentro, uma mancha.

Para as bandas do oceano, calmo como mar morto, é o céu sem fundo. Velhos marinheiros, que dobraram aquele Cabo Negro onde o seu descobridor plantou o padrão, assinalaram essa mancha, parada e enorme quando o céu se abre até aos confins do horizonte, mas nenhum afoitou passos para a sua descoberta.

Entre o mar e essa terra alta, estende-se o deserto de areias soltas. E os marinheiros, que outros mares do Sul iam singrar na descoberta de novas terras, não passaram das praias brancas. É dessa terra alta, como que metida no céu, que vem a noite sobre o deserto. A noite e o mistério sobre que tudo repousa.

Correndo a sua sombra no azul das águas, um pássaro apanha um peixe na ponta vermelha do bico e ganha as brisas do largo, perdendo a brancura das asas nos horizontes longínquos.
Outros seguem-lhe o voo largo e lento, de longe em longe interrompido subitamente, para em descidas vertiginosas picarem o peixe à flor da água.
E é já com as sombras da noite sobre os braços do padrão que o bando regressa, corta o céu da praia, solta gritos vibrantes e entra e perde-se no fundo da noite da terra erma.

Peixes voadores prateiam-se sobre o mar tranquilo. Nas cavernas das rochas, grilos vermelhos começam a cantar. E como que embalando o seu canto, as águas espumadas marulham nas areias ainda quentes do sol. A noite fecha-se, negra e funda, sobre o deserto e o mar. E tudo cai num grande silêncio. (…)

(…) A recordar os passos do homem por aquelas terras sem nome de gentio - pois Cabo Negro foi a legenda que lhe deu o descobridor - só existe o padrão, enegrecido por mil e mil sóis.

Ergueu-o, em 1485, Diogo Cão, na viagem em que os ventos mais longe levaram as velas da nau da Descoberta. (…)”.


A Maravilhosa Viagem - Castro Soromenho (1910-1968) - Publicado por Editora Arcádia, Lisboa, Portugal, 1961.

África Minha
(Out of Africa)
(I)

(II)


quarta-feira, 9 de junho de 2021

Quando eu morrer (Ernesto Lara Filho - Angola) - (Reposição)

 
..
Quando eu morrer
eu quero que o N'Gola Ritmos
vá tocar no meu enterro.
Como Sidney Bechet
como Armstrong
eu gostarei de saber
que vocês tocaram no meu enterro.

Lá no céu
também há angelitos negros
e eu gostarei de saber
que vocês
me tocaram no enterro.

Se não puder ser
deixem lá
tocarão noutro lado qualquer
com lágrimas nos olhos,
como naquela noite
em casa do Araújo,
lembrarão o companheiro
das noites de Luanda,
das noites de boémia,
das tardes de moamba.

Ah! Quando eu morrer
já sabem
quero que o meu caixão
vá no maxibombo da linha do Cemitério
quero que toquem
a Cidralha
ou convidem a marcha dos Invejados.

É assim que eu quero ir
acompanhado da vossa alegria
bebedeiras seguindo o enterro
as velhas carpideiras de panos escuros
quero um kombaritókué dos antigos
que vai ser muito falado.

Não convidem mulatas
que sempre estragam tudo.
Se vierem
não lhes vou rejeitar.
Cantem apenas
alguns dos meus poemas
até enrouquecer.

Ah! quando eu morrer
eu quero o N´Gola Ritmos
tocando no meu enterro.

.
Ernesto Lara Filho (1932 -1977) (aqui)

(para o Aniceto Vieira Dias e o "Liceu" do "N'Gola Ritmos")



sexta-feira, 5 de março de 2021

Monangambé (O Contratado) - (Ruy Mingas - Angola)

.

O poema é de António Jacinto.
Quem o canta é Ruy Mingas - a melhor voz de Angola.


Monangambé (O Contratado)

Naquela roça grande
não tem chuva
é o suor do meu rosto
que rega as plantações;

Naquela roça grande
tem café maduro
e aquele vermelho-cereja
são gotas do meu sangue
feitas seiva.

O café vai ser torrado
pisado,
torturado,
vai ficar negro,
negro da cor do contratado.

Negro da cor do contratado!

Perguntem às aves que cantam,
aos regatos de alegre serpentear
e ao vento forte do sertão:

Quem se levanta cedo?
quem vai à tonga?
Quem traz pela estrada longa
a tipóia ou o cacho de dendém?
Quem capina
e em paga recebe desdém
fuba podre,
peixe podre,
panos ruins,
cinquenta angolares
"porrada se refilares"?

Quem faz o milho crescer
e os laranjais florescer?
Quem dá dinheiro para o patrão comprar
máquinas,
carros,
senhoras
e cabeças de pretos para os motores?

Quem faz o branco prosperar,
ter barriga grande
- ter dinheiro?
- Quem?

E as aves que cantam,
os regatos de alegre serpentear
e o vento forte do sertão
responderão:
- "Monangambééé..."

Ah! Deixem-me ao menos
subir às palmeiras
Deixem-me beber maruvo
e esquecer
diluído nas minhas bebedeiras

- "Monangambéé...'"



terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Namoro Angolano



A história de um amor difícil e sofrido,
criada pelo poeta angolano Viriato da Cruz
e abaixo contada pelo magnífico Fausto
(que também se alimentou dos encantamentos de Angola):


"Mandei-lhe uma carta
em papel perfumado
e com letra bonita
eu disse que ela tinha
um sorrir luminoso
tão quente e gaiato
como o sol de Novembro

brincando de artista
nas acácias floridas
espalhando diamantes
na fímbria do mar
e dando calor
ao sumo das mangas.


Sua pele macia - era sumaúma…
Sua pele macia, da cor do jambo,
cheirando a rosas,
sua pele macia
guardava as doçuras
do corpo rijo
tão rijo e tão doce -
como o maboque…

Seus seios, laranjas -
laranjas do Loje,
seus dentes… -
marfim…


Mandei-lhe essa carta
e ela disse que não.

Mandei-lhe um cartão
que o amigo Maninho tipografou:
Por ti sofre o meu coração
Num canto - SIM,
noutro canto - NÃO

E ela o canto do NÃO dobrou.


Mandei-lhe um recado pela Zefa do Sete
pedindo, rogando de joelhos no chão
pela Senhora do Cabo,
pela Santa Ifigénia,
me desse a ventura do seu namoro…

E ela disse que não.


Levei à Avó Chica,
quimbanda de fama,
a areia da marca que o seu pé deixou
para que fizesse um feitiço
forte e seguro
que nela nascesse
um amor como o meu…

E o feitiço falhou.


Esperei-a de tarde, à porta da fábrica,
ofertei-lhe um colar
e um anel
e um broche,
paguei-lhe doces
na calçada da Missão,
ficámos num banco
do largo da Estátua,
afaguei-lhe as mãos…
falei-lhe de amor…

e ela disse que não.


Andei barbudo,
sujo e descalço,
como um mona-ngamba.
Procuraram por mim

“-Não viu… (ai, não viu…?)
não viu Benjamim?”
E perdido me deram
no morro da Samba.


Para me distrair
levaram-me ao baile
do Sô Januário
mas ela lá estava
num canto
a rir
contando o meu caso
às moças mais lindas
do Bairro Operário.

Tocaram uma rumba -
dancei com ela
e num passo maluco
voámos na sala
qual uma estrela
riscando o céu!
E a malta gritou: “Aí Benjamim!

Olhei-a nos olhos -
sorriu para mim
pedi-lhe um beijo -
e ela disse que sim."

"Namoro" - de Viriato da Cruz. Nasceu no ano de 1928 em Kikuvo (Porto Amboim - Angola).
Faleceu na China (Pequim) em 1973.

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Waldemar Bastos (1954-2020)

Waldemar Bastos
 

O músico Waldemar Bastos nasceu em M'Banza Kongo (Angola) a 4 de Janeiro de 1954 e faleceu hoje em Lisboa (Portugal) após doença prolongada.

Foi distinguido em 1999 com o prémio New Artist of the Year nos World Music Awards; em 2018 foi galardoado com o Prémio Nacional de Cultura e Artes, a mais importante distinção do Estado angolano nesta área.

Waldemar Bastos era amigo da maior fadista portuguesa, Amália Rodrigues, sendo o único não-fadista a cantar na cerimónia de trasladação desta para o Panteão Nacional de Lisboa.

Servida por voz poderosa e inconfundível, a sua música atingia uma sonoridade originalíssima, que ele próprio definia como afro-luso-atlântica.

Grande perda para Angola e Portugal.

Ficam as suas gravações imorredoiras, como esta:

Querida Angola


segunda-feira, 8 de junho de 2020

António Costa Silva, português do Bié (Angola), a pensar na transformação do País...

António Costa Silva (ACS).
Nasceu em Catabola, Bié (Centro-Sul de Angola), em 1952.

O Primeiro-Ministro (PM) português, António Costa, convidou recentemente o seu homónimo António Costa Silva - gestor, professor universitário, ensaísta, escritor e, sobretudo, pensador - para o ajudar a delinear uma estratégia de transformação estrutural, de cariz económico-social, para Portugal.

António Costa fez muitíssimo bem.
À testa de um Governo assoberbado pelas tarefas do dia-a-dia, tornadas mais prementes e espinhosas pela crise nacional e internacional em curso, faz todo o sentido que recorra a um consultor de gabarito, situado no exterior da equipa governamental (embora articulado com ela quando necessário), com tempo, preparação, tranquilidade e disposição para trabalhar no que lhe pedem.
É assim que actuam com os seus consultores, em momentos de transformação estratégica, as grandes empresas de referência a nível mundial.

ACS não é homem de partidos nem de políticas partidárias. Funciona ("pensa") por si próprio, sem preconceitos e com importante bagagem cultural e técnica. Sem berros, sem jamais elevar sequer o tom de voz, costuma explanar as suas ideias "fora-da-caixa", abertas e arejadas - como os amplos espaços das terras africanas que o viram nascer e crescer.

Em colaboração estreita com os ministros em funções, está a desenhar o plano que em breve fará chegar ao Governo para apreciação e - considerados os meios financeiros disponíveis - eventual passagem à definição de políticas e consequente execução de projectos.
Note-se que ACS não vai impor nem decidir nada de nada. Como qualquer bom consultor, estudará e proporá o que achar por melhor. A decisão ficará sempre com quem tem o poder e a responsabilidade de decidir.
……….

Tudo isto deveria parecer normal, e justificado à partida, na fase que o País atravessa. No entanto, e como talvez fosse de esperar, desatou-se - entre "os do costume" - o foguetório e o fogo de barragem politiqueiro que vem fazendo há décadas a infelicidade do País.

Incansáveis, eles apontam o dedo de unha afiada ao PM: que não é assim que se fazem as coisas; que ele devia ter feito primeiramente um despacho sobre ACS; que este é uma espécie de "para-Ministro" e que tal não pode ser; que ele é um agente dos petróleos; que ele não quer ser remunerado por este trabalho, o que é estranhíssimo; que não dialogarão com ACS, só falarão com ministros.
E por aí fora...

Todos sem uma única ideia válida, sem qualquer contributo significativo para além do abc de trivialidades e de "pedinchices" em que se afundam (e nos afundam) ano após ano...

ACS ainda não finalizou o seu trabalho, mas, no afã de alvejarem o PM, já o querem desfazer. Pretendem arrastá-lo à Assembleia da República para obterem dele não se sabe bem o quê. Ah, já me esquecia, também lhe chamam poeta...
De facto, entre diversas e estimáveis coisas, o homem escreve poesia: e daí?...

Em vez disso, poderiam por exemplo deter-se um instante para se debruçarem e meditarem sobre o tanto que ele tem dito e escrito acerca dos problemas nacionais e suas eventuais soluções. Mas não: com raríssimas excepções, eles só sabem fazer política, na pior das acepções que a expressão pode assumir.

ACS costuma dizer que os Portugueses são extraordinários em períodos de crise e medíocres em tempos de normalidade.
É certo.
Mas é de suspeitar que isso se fique a dever, em grande parte, à indigência cultural, à abissal mediocridade e à desesperante incompetência daqueles que, só sabendo fazer política (baixa política, entenda-se), têm tido artes e manhas de se apoderarem por vezes dos destinos do País para o despedaçarem e desgraçarem em favor de uns poucos...

Mas vamos ao que verdadeiramente importa - os pensamentos e as eventuais soluções.
Se os leitores e as leitoras quiserem fazer ideia aproximada do que pensa e da forma como pensa ACS, cliquem no link abaixo.
Aí se reproduz uma pequena entrevista (pouco mais de meia hora) que ele deu há dias a uma estação de rádio portuguesa. Vale a pena ouvi-lo e pensar um tempinho no que ele diz.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

"Ixi Ame" ("Minha Terra") - Ruy Mingas (Angola)



Ixi Ame (Minha Terra),
pela melhor voz de Angola
(sem menosprezo dos outros magníficos: Bonga, Waldemar Bastos, Teta Lando, Raul Indipwo, Milo MacMahon, etc. etc.):


(Já tínhamos ouvido Ruy Mingas - aqui)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Lágrima de Preta (António Gedeão - Portugal)



Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
 
 
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio
 

……………..

Oiça este poema de António Gedeão, cantado

… pelo Adriano Correia de Oliveira, de Portugal...



e pelo Bonga, de Angola: