domingo, 18 de dezembro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Entretanto, apesar do suspiro de alívio...

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"(…) Há um espectro que avassala hoje a União Europeia e a afasta de um futuro de grandeza e prosperidade sustentável.

Um perigo letal que ameaça a segurança dos bens, a integridade física e a saúde mental de mais de 500 milhões de habitantes daquela que, até há pouco, foi a região mais justa e equilibrada do planeta.

Esse espectro não é constituído pelos mercados, nem sequer pelos especuladores, ao contrário do que continuam a repetir os que olham a luz forte do mundo com os óculos escuros da ideologia.

O espectro que poderá matar a Europa é a falta de espírito europeu dos seus dirigentes políticos, cada vez mais preocupados com a sua situação nacional e ignorando que a interdependência criada pela União Europeia é a alma dessa mesma "situação nacional".

Produzimos uma democracia nacional, capturada por partidos venais e alimentada pelo comodismo cívico dos cidadãos, que se transformou numa máquina de eleger gente medíocre para tomar decisões estratégicas.

 Não se pode pedir a pessoas destituídas de visão que sejam atiradores de elite.

Ou a gente que só pensa na sua reeleição, como é o caso de quase todos os líderes sentados hoje em Bruxelas, que tenha um rasgo de grandeza.

A Europa tem futuro.
Ele implicará uma refundação democrática, republicana e federal da União.

Bem gostaríamos de estar enganados, contudo, tudo indica que esse caminho terá de ser percorrido através dos escombros de um vendaval, que sucessivas cimeiras têm ajudado a tornar inevitável." (*))
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(*) Viriato Soromenho-Marques - A Europa tem futuro - Diário de Notícias - Portugal - 20Out2011
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sábado, 1 de outubro de 2011

Lisboa, Portugal - Nas encostas do castelo de S. Jorge
















































































































































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A cidade de Lisboa foi conquistada aos Mouros, no ano de 1147, pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
Haviam decorrido 436 anos sobre a vitoriosa invasão muçulmana da Península Ibérica comandada pelo berbere Tariq ibn Zyiad, governador de Tânger (ano de 711, desembarque em Gibraltar).
No assalto à cidade, D. Afonso Henriques foi auxiliado por uma armada de cruzados (anglo-normandos, flamengos e alemães), num total de cerca de 13000 homens.
Os sangrentos combates tiveram início em finais de Junho de 1147. A 25 de Outubro, depois de corajosa e desesperada resistência dos muçulmanos, o castelo e a cidade caíam definitivamente nas mãos dos Portugueses.
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As fotos pertencem ao arquivo da Torre, com excepção da última, de autor(a) desconhecido(a).
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domingo, 25 de setembro de 2011

Pembe, Angola - Foi há 107 anos...

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Tropas portuguesas atravessam o vau do Pembe, no rio Cunene

Pode relembrar aqui:
Derrota portuguesa no Pembe

sábado, 24 de setembro de 2011

Máscaras Africanas

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1 Costa do Marfim
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2  Guiné





3 Mali





4  Gabão





5  Costa do Marfim





6  Nigéria





7  Burkina Faso





8  Congo (ex-Zaire)





9  Nigéria





10  Angola





11  Costa do Marfim

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

sábado, 16 de abril de 2011

Aos que não voltam

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"A que se reduz afinal a vida? A um momento de ternura e mais nada...
De tudo o que se passou comigo só conservo a memória intacta de dois ou três rápidos minutos. Esses, sim! Teimam, reluzem lá no fundo e inebriam-me, como um pouco de água fria embacia o copo.

Só de pequeno retenho impressões tão nítidas como na primeira hora: ouço hoje como ontem os passos de meu pai quando chegava a casa; vejo sempre diante dos meus olhos a mancha azul-ferrete das hidrângeas que enchiam o canteiro da parede. O resto esvai-se como fumo.

Até as figuras dos mortos, por mais esforços que eu faça, cada vez se afastam mais de mim… Algumas sensações, ternura, cor, e pouco mais. Tinta. Pequenas coisas frívolas, o calor do ninho, e sempre dois traços na retina, o cabedelo de oiro, a outra banda verde…

Passou depois por mim o tropel da vida e da morte, assisti a muitos factos históricos, e essas impressões vão-se desvanecidas. Ao contrário, este facto trivial ainda hoje o recordo com a mesma vibração: a morte daquela laranjeira que, de velha e tonta, deu flor no inverno em que secou.
O resto usa-se hora a hora e todos os dias se apaga.
Todos os dias morre.

Lá está a velha casa abandonada, e as árvores que minha mãe, por sua mão, dispôs: a bica deita a mesma água indiferente, o mesmo barco arcaico sobe o rio, guiado à espadela pelo mesmo homem do Douro, de pé sobre a gaiola de pinheiro.

Só os mortos não voltam.
Dava tudo no mundo para os tornar a ver, e não há lágrimas no mundo que os façam ressuscitar." (*)
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(*) - Raul Brandão - Portugal (1867-1930).
Memórias - 1.º vol. - Editado por "Renascença Portuguesa," Porto, 1919
(Prefácio, pág. 10-12 ).
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