domingo, 22 de julho de 2012

"Rumo às Terras do Fim do Mundo" - Uma Aventura em Angola

.
 .
No quadro do protocolo há anos existente entre o Governo da Província do Kwanza-Sul (Angola) e a Câmara Municipal de Almada (Portugal), teve lugar, de 9 a 22 de Junho de 2012, o 6.º Raid Kwanza-Sul, que levou algumas dezenas de participantes angolanos e portugueses a percorrerem, em caravana automóvel, as províncias do Cunene e do Cuando-Cubango (as chamadas “Terras do Fim do Mundo”, no canto sudeste do País).

Nos cinco raids anteriores tinham já sido percorridas as outras 16 províncias. Trata-se de uma iniciativa que, muito para além das componentes lúdica e turística, tem como objectivo a aproximação e o aprofundamento de laços entre dois povos, o angolano e o português, que continuarão para sempre irmãos, apesar das – por vezes infelizes – vicissitudes políticas.


.
À semelhança do que sucedeu nos três últimos raids, a organização fez agora editar um livro (“Rumo às Terras do Fim do Mundo” – ver capa na 1.ª foto) relacionado com o itinerário da caravana.

Nesta magnífica publicação de 184 páginas, com belíssimas e por vezes surpreendentes ilustrações, um grupo de autores convidados dá a conhecer, em artigos específicos, a história, a geografia, a cultura e os mais relevantes aspectos das regiões percorridas.

A edição é da PANGEIA (Lisboa) e a coordenação geral da obra pertenceu a Miguel Anacoreta Correia. A operacionalização mais directa, com um competente e sugestivo tratamento da informação, coube a Eleutéria Ornelas.

É um livro de leitura altamente recomendada, sobretudo para aqueles que se interessam pela História de Angola e de Portugal. (Preço: € 20).

.

Segue uma visita guiada pelos 15 artigos da obra:

1 – De Luanda ao Bié Autora: Eleutéria Ornelas (Descreve-se a parte inicial do percurso, entre a capital, Luanda, e o Bié, no coração de Angola. Abundantes referências à realidade actual e à história das regiões percorridas).

2 – Bié. O centro de Angola e centro das bacias hidrográficas Autor: Ilídio do Amaral (A terra, a flora, os rios e a história do referido coração de Angola).

3 – O Cuando-Cubango. Como se ligou a Angola - Autores: Nuno Costa e Jorge Maceirinha (A forma como Portugal conseguiu, não obstante a poderosa e perigosa concorrência das grandes potências europeias, juntar ao território angolano a imensa região do sudeste que dá hoje corpo à província do Cuando-Cubango).
.



4 – O caminho-de-ferro de Moçâmedes – Autor: Dolbeth e Costa (Epopeia da construção da difícil ferrovia que liga Moçâmedes - actual Namibe - ao interior - Lubango, Menongue… -, no Sudoeste de Angola).

5 – Menongue – Autor: João Loureiro (Como e por que razão nasceu Menongue, a antiga Serpa Pinto, de riquíssima e movimentada história).

6 – As batalhas do Cuito-Cuanavale – Autor: Jaime Nogueira Pinto (Descrição dos mortíferos combates da guerra civil angolana na região atravessada, com participação de forças locais – MPLA e UNITA – e estrangeiras – Cuba e África do Sul).


7 – Os Khoisan – Autor: Reinaldo Ribeiro, com adaptação de Manuel Vaz para este livro (Vida de um povo de fantásticos sobreviventes caçadores-recolectores, que se espalha pelo Sul de Angola, Namíbia, Botswana e áreas adjacentes).

8 – A travessia de Serpa Pinto – Autor: Manuel Vaz (Descrição da travessia que o mítico explorador português realizou, no século XIX, entre Angola e a África do Sul).

9 – A questão do Barotze – Autor: Francisco Gaspar (Mais uma árdua disputa de Portugal, no século XIX, para aumentar a sueste o território angolano, numa região que compreende hoje uma província da Zâmbia, Barotseland).




10 – Fronteira Leste - Raia d’África – Autor: José Carvalheira (Sobre a definição das fronteiras angolanas a leste, com mil e uma peripécias históricas e a acção relevante de Gago Coutinho, entre outros).

11 – Organização Social dos Cuanhamas – Autor: J. Lino da Silva (já falecido), com adaptação de José Bento Duarte para este livro (Sobre o habitat, a organização e a vida do povo Cuanhama, antigamente a mais poderosa tribo do grupo étnico dos Ambós).

12 – Mandume Autor: José Bento Duarte (Vida e morte de Mandume, último rei independente dos Cuanhamas, no Sul de Angola, que o general português Pereira de Eça teve de enfrentar em terríveis combates no ano de 1915. Acabaria morto pelos Sul-Africanos em 1917 e é hoje um herói venerado pelo povo angolano).




13 – Área Transfronteiriça Okavango-Zambeze – Autora: Amélia Cazalma (Minuciosa descrição de um importante projecto sócio-económico, actualmente em curso, que integra cinco países da região – Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe).

14 – Raids 1, 2, 3, 4, 5, 6 – Autor: Manuel Larangeira (Análise da importância deste e dos cinco raids anteriores para o turismo de Angola).

15 – A Finalizar – Autor: Miguel Anacoreta Correia (O coordenador do livro faz o encerramento do mesmo – e sintetiza: “estamos a contribuir para o amor a Angola, porque só se ama o que se conhece”)



Nota Final  – A obra abre com as mensagens do Governador da Província do Kwanza-Sul (Serafim Maria do Prado) e da Presidente da Câmara Municipal de Almada (Maria Emília Neto de Sousa).

É enriquecida por alguns poemas, da autoria de:

Carlos Aniceto Vieira Dias ( poema Muxima);
Luandino Vieira (Estrada);
Namibiano Ferreira (Saudação Matinal).


terça-feira, 6 de março de 2012

Chamam-lhe Democracia...

.
.

“Estamos a viver um golpe de Estado à escala europeia.
Não é apenas o assalto aos dinheiros públicos e o ataque aos direitos sociais.
A democracia representativa transformou-se numa encenação sem qualquer valor real.

Vários Estados europeus são governados por burocratas sem legitimidade democrática e ao sabor dos humores de um único governo.

Nos países em crise os governos impõem a austeridade de forma expedita e a violência é, para quem se manifesta e para quem reprime, a única forma de diálogo que sobra.

A liberdade de imprensa é desprezada sem que ninguém se incomode.

Não é apenas meio século de bem-estar e paz social que está em causa.

É a democracia.

Os irresponsáveis que governam este continente em desagregação têm de voltar aos livros para aprenderem com os anos 30.
As sementes de violência e da intolerância já estão lançadas.

Agora é esperar que floresçam candidatos a tiranetes que prometam aos povos mão firme, o resgate da sua independência e o fim da miséria e do caos.” (*)


(*) Daniel Oliveira - “Sementes de Violência” – Expresso, Lisboa, 25-Fev-2012.

domingo, 18 de dezembro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Entretanto, apesar do suspiro de alívio...

.
.
"(…) Há um espectro que avassala hoje a União Europeia e a afasta de um futuro de grandeza e prosperidade sustentável.

Um perigo letal que ameaça a segurança dos bens, a integridade física e a saúde mental de mais de 500 milhões de habitantes daquela que, até há pouco, foi a região mais justa e equilibrada do planeta.

Esse espectro não é constituído pelos mercados, nem sequer pelos especuladores, ao contrário do que continuam a repetir os que olham a luz forte do mundo com os óculos escuros da ideologia.

O espectro que poderá matar a Europa é a falta de espírito europeu dos seus dirigentes políticos, cada vez mais preocupados com a sua situação nacional e ignorando que a interdependência criada pela União Europeia é a alma dessa mesma "situação nacional".

Produzimos uma democracia nacional, capturada por partidos venais e alimentada pelo comodismo cívico dos cidadãos, que se transformou numa máquina de eleger gente medíocre para tomar decisões estratégicas.

 Não se pode pedir a pessoas destituídas de visão que sejam atiradores de elite.

Ou a gente que só pensa na sua reeleição, como é o caso de quase todos os líderes sentados hoje em Bruxelas, que tenha um rasgo de grandeza.

A Europa tem futuro.
Ele implicará uma refundação democrática, republicana e federal da União.

Bem gostaríamos de estar enganados, contudo, tudo indica que esse caminho terá de ser percorrido através dos escombros de um vendaval, que sucessivas cimeiras têm ajudado a tornar inevitável." (*))
.
(*) Viriato Soromenho-Marques - A Europa tem futuro - Diário de Notícias - Portugal - 20Out2011
.

sábado, 1 de outubro de 2011

Lisboa, Portugal - Nas encostas do castelo de S. Jorge
















































































































































.
A cidade de Lisboa foi conquistada aos Mouros, no ano de 1147, pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.
Haviam decorrido 436 anos sobre a vitoriosa invasão muçulmana da Península Ibérica comandada pelo berbere Tariq ibn Zyiad, governador de Tânger (ano de 711, desembarque em Gibraltar).
No assalto à cidade, D. Afonso Henriques foi auxiliado por uma armada de cruzados (anglo-normandos, flamengos e alemães), num total de cerca de 13000 homens.
Os sangrentos combates tiveram início em finais de Junho de 1147. A 25 de Outubro, depois de corajosa e desesperada resistência dos muçulmanos, o castelo e a cidade caíam definitivamente nas mãos dos Portugueses.
.
As fotos pertencem ao arquivo da Torre, com excepção da última, de autor(a) desconhecido(a).
.

domingo, 25 de setembro de 2011

Pembe, Angola - Foi há 107 anos...

.
Tropas portuguesas atravessam o vau do Pembe, no rio Cunene

Pode relembrar aqui:
Derrota portuguesa no Pembe

sábado, 24 de setembro de 2011

Máscaras Africanas

.
1 Costa do Marfim
 .



2  Guiné





3 Mali





4  Gabão





5  Costa do Marfim





6  Nigéria





7  Burkina Faso





8  Congo (ex-Zaire)





9  Nigéria





10  Angola





11  Costa do Marfim

quarta-feira, 21 de setembro de 2011