Pequenas e grandes histórias da História e mensagens mais ou menos amenas sobre vidas, causas, culturas, quotidianos, pensamentos, experiências, mundo...
sábado, 30 de outubro de 2021
Crimes no nevoeiro de Londres - Quem foi "Jack, o Estripador"?
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Pintores da Península Ibérica (Espanha) - Antonio Abellán
Rumba des Launes
terça-feira, 26 de outubro de 2021
Poema para Galileu (António Gedeão - Portugal)
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
Grandes fados e canções de Portugal - MARIA TERESA DE NORONHA ("Fado das Horas")
Por te ver eu choro agora
Querer ver-te a toda a hora
Passa o tempo de corrida
Quando falas eu te escuto
Cada hora é um minuto
Quando estás ao pé de mim
Sinto-me dona do mundo
Mas o tempo é tão ruim
Tem cada hora um segundo
Deixa-te estar a meu lado
E não mais te vás embora
P'ra meu coração, coitado
Viver na vida uma hora
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sábado, 23 de outubro de 2021
Um herói universal - Aristides de Sousa Mendes no Panteão Nacional (Lisboa)
Aristides de Sousa Mendes (1885-1954) |
Na passada 3.ª feira, 19 de Outubro, deram entrada no Panteão Nacional de Lisboa, em justíssima homenagem, os restos mortais do antigo diplomata português Aristides de Sousa Mendes.
Nascido em Cabanas de Viriato (distrito de Viseu), Sousa Mendes era, em 1940, cônsul de Portugal em Bordéus.
Com o avanço e o triunfo das tropas alemãs em França, milhares de refugiados, maioritariamente judeus, acorreram àquela cidade e procuraram obter vistos de saída que lhes permitissem escapar à perseguição das hordas nazis.
Nesse tempo, Portugal era governado por Salazar, que havia declarado a neutralidade do país face ao conflito em curso. Sousa Mendes estava assim proibido de conceder vistos de entrada em Portugal.
A consciência do diplomata e os seus valores humanitários acabaram por impor-se. Consciente de que arriscava a carreira e a tranquilidade familiar, Sousa Mendes desobedeceu ao ditador português e concedeu, por sua iniciativa, milhares de vistos que salvaram outras tantas vidas e possibilitariam, no futuro, a constituição de famílias que, sem ele, nunca teriam existido.
Salazar não perdoaria o gesto sublime - que, para ele, não passara de um acto de intolerável rebeldia.
Aristides de Sousa Mendes acabaria exonerado e perseguido, sendo praticamente impedido de ganhar a vida em Portugal. Morreria pobre e só, num hospital de Lisboa.
Em Israel, há muito sabiam do que lhe era devido. Por isso o consideraram Justo entre as nações e plantaram árvores em sua memória.
Em Portugal, o reconhecimento do seu gesto ímpar foi chegando com maior lentidão, vários anos depois da revolução de Abril de 1974.
A homenagem agora prestada, com a transladação para o Panteão Nacional, chega 67 anos depois da sua morte...
Saiba mais sobre este homem admirável, que honrou Portugal e se tornou expoente dos melhores e mais puros valores universais - aqui.
Panteão Nacional (Lisboa) A nova e justa casa de Aristides de Sousa Mendes |
A cerimónia da transladação foi acompanhada por intervenções do coro do Teatro de S. Carlos, que interpretou vários excertos do Requiem de Gabriel Fauré. Um deles foi o In Paradisum, que aqui lembramos: