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sexta-feira, 21 de março de 2025

Tchaikovsky e a invasão da Rússia por Napoleão Bonaparte ("1812" - Abertura Solene)



Napoleão e os seus soldados


Em Junho de 1812, Napoleão invadiu a Rússia com o seu Grande Exército (mais de meio milhão de soldados).

Seria uma campanha trágica para ele, e ficaria assinalando o início da curva descendente de uma invulgar carreira política e militar.


Napoleão na batalha de Borodino (Rússia)


Após sucessivas retiradas do exército russo, acompanhadas de uma prática de terra queimada diante do avanço dos franceses, os dois exércitos encontraram-se em Borodino, uma pequena aldeia a pouco mais de 100 quilómetros de Moscovo.

As tropas do czar da Rússia, Alexandre I, eram comandadas pelo astuto general Mikhail Kutuzov.


O general russo, Kutuzov, na batalha de Borodino


A batalha ocorreu no dia 7 de Setembro de 1812.

O número de baixas, ainda hoje muito discutido, foi, em qualquer hipótese, elevadíssimo.

Uma estimativa relativamente credível aponta para cerca de 30.000 mortos franceses (em 120.000 homens empenhados nos combates), contra 60.000 baixas russas (em 150.000 combatentes).


Batalha de Borodino

Veja seguidamente a reconstituição da carga vitoriosa da cavalaria francesa
(Extraído do filme "Guerra e Paz", de 1956):




O triunfo na batalha tem sido atribuído aos franceses. Mas tratou-se de uma vitória de Pirro, pois as forças de Kutuzov conseguiram retirar-se em boa ordem e o (relativo) êxito de pouco aproveitou aos invasores.

Napoleão entrava pouco depois em Moscovo, encontrando a cidade devorada por incêndios e deserta de população e de governantes.

Em vão esperou o imperador francês pela rendição do czar da Rússia.

Pelo contrário, o inverno forçá-lo-ia a uma retirada dramática, em que o gelo, o frio, a fome e as constantes flagelações dos russos lhe dizimaram praticamente o que restava do Grande Exército.

Em Dezembro de 1812, a Rússia ficou livre do invasor.


Napoleão - Retirada da Rússia


Foi esse triunfo histórico que o compositor Tchaikovsky (1840-1893) quis celebrar com o seu "1812".

Esta famosa Abertura Solene pode ser encarada como uma representação musical da campanha napoleónica na Rússia.

O hino religioso inicial evoca as orações do povo russo nas igrejas, implorando a intervenção divina contra o invasor.

As notas seguintes expressam a iminência dos combates e a preparação para a batalha, numa combinação de desespero e de transbordante entusiasmo, sublinhada pelos acordes distantes da Marselhesa, que evocam o avanço francês (ouvir, abaixo, por exemplo, a partir de 4' 30''  e 12' 10'').

A Marselhesa impõe-se em Borodino, ao passo que, mais adiante, se torna preponderante a música tradicional russa.

No momento da tomada de Moscovo, quando tudo parece perdido, o hino religioso é outra vez escutado, significando a intervenção divina (que traz um inverno rigoroso para o qual os franceses não se achavam preparados).

No final, apoteótico, disparam-se canhões em sinal de triunfo, enquanto repicam os sinos das igrejas de uma Rússia enfim libertada.

Chamo a vossa atenção para a força vibrante e telúrica desses derradeiros acordes (a partir de 13' 42'').

Para ouvir este genial "1812" escolhemos uma magnífica interpretação da Orquestra Sinfónica de Gothenburg (Suécia) dirigida pelo maestro Neeme Järvi:


quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

MADY MESPLÉ - "Eu Quero Viver" (Da ópera "Romeu e Julieta", de Charles Gounod)

 

Mady Mesplé (1931-2020)
Saiba mais sobre ela - 
aqui ...


... e maravilhe-se com a sua voz extraordinária no vídeo abaixo:


MADY MESPLÉ
"Eu quero viver"
(De: Romeu e Julieta)
Compositor: Gounod


terça-feira, 26 de julho de 2022

Le Petit Journal - (Jornal parisiense publicado de 1863 a 1944) (1)

 

Outubro - 1891
Suicídio do general Boulanger no cemitério de Ixelles




Douce France:








Dezembro - 1891
Os massacres na China












Dezembro - 1891
Funerais do imperador do Brasil (D. Pedro II)













Abril - 1892
A prisão de Ravachol















Abril - 1892
Behanzin, rei de Daomé













Julho - 1892
O drama da avenida das Ternes













Novembro - 1892
Dinamite em Paris
Explosão no comissariado de polícia da rua dos Bons-Enfants













Dezembro - 1892
A Confissão













Junho - 1893
Os acontecimentos de Sião (Tailândia) - O rei e a rainha












Agosto - 1893
Vista de Bangkok - Capital do reino de Sião (Tailândia)













1894
Uma bomba no café Terminus - Prisão do assassino













Junho - 1894
Espartero morto por um touro em Madrid













Janeiro - 1895
Alfred Dreyfus na prisão












Março - 1896
Sua Majestade Taïtou - Imperatriz da Abissínia












Outubro - 1896
Sua Majestade o imperador da Rússia (Nicolau II)
Saiba mais sobre ele e a sua família - aqui














Maio - 1897
Incêndio no Bazar da Caridade


sábado, 23 de julho de 2022

" A Batalha de Dien Bien Phu" (Jules Roy) - O canto do cisne do colonialismo francês no Vietname (13 de Março a 7 de Maio de 1954)





Abertura do livro:

Jules Roy relata, nesta introdução, a chegada a Saigão (Vietname do Sul) do novo comandante-chefe das forças armadas francesas na Indochina - general Henri Navarre.

Substituía no cargo o seu companheiro de armas Raoul Salan.

Os franceses enfrentavam nos seus domínios coloniais da Indochina uma guerra feroz, que tivera o seu início em 1946 e que culminaria em Agosto de 1954, após a humilhante derrota de Dien Bien Phu.

Os americanos chegariam uns anos mais tarde para se empenharem numa guerra igualmente mortífera e sem glória...

..........


“19 de Maio de 1953.

Um comandante-chefe não é pessoa que se receba como um regedor qualquer.

Fardados de branco sob o calor sufocante do meio-dia, todos os generais e almirantes do Vietname do Sul esperam na pista do aeródromo de Than Son Nut, em Saigão, a aterragem do avião de longo curso de Paris, que sofreu um atraso de três quartos de hora, a fim de permitir que pousasse em primeiro lugar o Dakota do alto-comissário francês, que vem de Hanói.

A bordo do Constellation, o general Navarre contempla, sonhador, a imensa e temível extensão de pântanos e anéis líquidos, enrolados nas terras baixas onde o mar penetra, parcela do vasto reino que recebeu o encargo de defender.

As águas brilham à luz do Sol e as aldeias de colmo aninham-se sob os tufos de bambus gigantescos.

O avião dirige-se agora para o norte, sobrevoa o porto, a cidade e os seus jardins, rola no cimento da pista e pára.

Ao aparecer na escotilha do Constellation, Navarre não está apenas sufocado pelo calor de fornalha, que lembra o da escala de Calcutá.

Outro que não ele teria dificuldade em resistir ao cerimonial disposto para o receber.

Evidentemente, conhece todo este ritual desde os tempos em que transportava a pasta dos comandantes-chefes e dos marechais, mas, desta vez, é ele o príncipe esperado, é para ele que tocam as fanfarras e se queima o incenso.

Estes prazeres refinados que deliciariam Salan [seu antecessor] – agora em prolongadas visitas de despedida no Tonquim –, Navarre só os apreciará com um secreto prazer de que gostosamente prescindirá quando perceber qual o seu preço. (…)

(…) Navarre vê a seus pés todos os poderes. 

Se quiser, o trem da sua casa poderá ser igual ao dum rei. Com o seu pavilhão a drapejar ao vento, poderá, com um simples gesto ou assinatura, decidir da sorte ou desgraça de muita gente.

Os seus ditos e silêncios serão estudados e todos ficarão suspensos das suas resoluções. Far-se-á tudo para o poupar às inclemências do clima, a fim de o seu génio poder resolver mais facilmente todos os problemas.

Nesse dia, através da escolta que o acompanhou, limitar-se-á a entrever Saigão, embora pressinta já o ambiente feroz dos negócios, do ágio, do dinheiro que corre a rodos, das casas de diversão nocturna e da vida dissoluta que nunca se interrompe.

Nesta cidade sem pássaros, as flores não têm perfume. Apresentam colorido brilhante, mas são pesadas, carnais, obcecantes.

Estas bandas de música, estes apitos da polícia, esta roda-viva de automóveis carregados de estrelas e bonés doirados celebram a chegada dum novo duque da Indochina ou o começo duma liquidação com ar festivo?

(…) No fim do jantar que o alto-comissário ofereceu em sua honra, chega a notícia da queda, após dois meses de resistência, do posto de Muong Khoua, alcandorado num pico rochoso, na confluência da Nam Ou e da Nam Pak, sessenta quilómetros a sudoeste de Dien Bien Phu, nome este que Navarre ainda não tinha sequer ouvido.

Uma companhia de soldados laocianos e alguns auxiliares desapareceram.

Pela primeira vez, os viets teriam utilizado granadas com fósforo, quer apanhadas do municiamento do corpo expedicionário, quer vindas da China. (…)”


A Batalha de Dien Bien Phu - Jules Roy (1907-2000) - Publicado por Livraria Bertrand - Lisboa - Portugal, 1965.

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Se quiser saber mais sobre a batalha de Dien Bien Phu, clique aqui.

Se quiser saber mais sobre a guerra francesa na Indochina (1946-1954), clique aqui.

Fase dos combates em Dien Bien Phu



Assalto das tropas vietnamitas



Conquista de Dien Bien Phu pelos vietnamitas




A França derrotada: prisioneiros franceses em Dien Bien Phu



General Henri Navarre (1898-1983)


Dança popular do Vietname:


sábado, 2 de julho de 2022

Um grande mistério de França - O homem da "Máscara de Ferro"





Paris, França, 18 de Setembro de 1698, em pleno reinado de Luís XIV, o famoso Rei-Sol.

Nesse dia chegou à cidade o novo governador da prisão da Bastilha, Bénigne d'Auvergne de Saint-Mars, acompanhado de um misterioso prisioneiro com o rosto oculto por uma máscara.

Segundo se viria a apurar, Saint-Mars era há muito responsável por este homem, mantendo sobre ele, em sucessivos presídios, apertadíssima vigilância.

Na opinião de alguns historiadores, a reclusão do homem da máscara duraria há cerca de três décadas quando os portões da prisão parisiense se fecharam sobre ele.

O registo de entradas na Bastilha foi, a seu respeito, de extrema concisão, não fornecendo pistas ou indícios de relevo: deu entrada no cárcere às 3 horas da tarde de 18 de Setembro de 1698 um prisioneiro mascarado trazido de Pignerol.

O regime em que o mantiveram naquela que viria a ser a sua última prisão foi semelhante ao que tivera nos presídios anteriores. Pormenor fundamental: não podia, por ele próprio, retirar a máscara. Esta não lhe fora imposta como tortura ou castigo: visava, apenas, impedir que pudesse ser reconhecido por alguém.

A propósito, a máscara não era "de ferro", como tem sido difundido. Crê-se que fosse de couro ou de um tecido forte a que teria sido acoplado um dispositivo metálico, com cadeado, que impossibilitava a remoção pelo portador.

O nome do preso nunca era pronunciado por ninguém e era proibido manter com ele, para além do estritamente necessário, quaisquer conversas (talvez com excepção do omnipresente Saint-Mars).

Durante o longo período em que penou nas prisões, os seus carcereiros foram obrigados a jurar, sob pena de morte, que guardariam segredo da sua existência. Nenhuma resposta deviam dar às suas eventuais observações. Não se lhe forneceu tinta nem pena, nem nada que lhe pudesse servir para escrever. Ele devia passar os dias segregado do mundo e dos seus semelhantes como se tivesse sido sepultado em vida.


Prisão da Bastilha, em Paris


Apesar do seu cruel confinamento, diz-se que o homem da máscara estava muito longe de ser maltratado. Pelo contrário, usava-se para com ele de excepcionais deferências e procurava-se, tanto quanto possível, satisfazer-lhe os desejos. Podia, por exemplo, assistir à missa. Facultavam-lhe livros, roupas e, ao que parece, pelo menos um instrumento musical. Os guardas acercavam-se dele com uma vénia respeitosa, curvando a cabeça e dobrando o joelho, num tratamento por norma reservado a pessoas de elevada condição.

A permanência do enigmático prisioneiro na Bastilha durou pouco mais de cinco anos. No dia 19 de Novembro de 1703 ele sentiu-se mal depois da missa. O médico da prisão, chamado de urgência, declarou que nada podia fazer para o salvar.

Quando, pelas 10 da noite, faleceu, uma actividade febril tomou conta da Bastilha. O cadáver foi rapidamente levado para o cemitério de Saint-Paul, onde foi enterrado em local desconhecido. Um registo paroquial atribuiu-lhe na ocasião uma identidade, obviamente forjada: M. de Marchiel.

Entretanto, na sinistra Bastilha, tratava-se de apagar todos os vestígios da sua passagem por ali. As roupas, bem como os parcos objectos de uso pessoal, foram lançados ao fogo.

O mobiliário da cela sofreu o mesmo destino. Nem as paredes escaparam: foram cuidadosamente raspadas e, logo a seguir, pintadas, pois temia-se que o prisioneiro pudesse ter gravado nelas, por processos secretos, alguma mensagem comprometedora.


Luís XIV, rei da França (n. 1638 - f. 1715)


Pela correspondência que sobrou do caso, sabe-se que Luís XIV, rei absoluto da França, conhecia perfeitamente a identidade do prisioneiro, bem como os motivos do seu encarceramento. Aliás, terá sido o próprio soberano a determinar a condenação e o tratamento a adoptar para com ele.

Para além do rei, poucos dos seus homens de confiança estavam a par do assunto. Mas a reserva e os cuidados com que sempre se conduziram fizeram com que todos se fossem despedindo da vida sem que nada transpirasse do segredo.

Este facto originou ao longo do tempo numerosas especulações, calculando-se em cerca de meia centena o número de identidades atribuídas ao preso.

Homens intelectualmente respeitáveis como Voltaire ou Alexandre Dumas debruçaram-se sobre o episódio, produzindo conclusões tão imaginativas como indemonstráveis. Muitos anos depois do reinado de Luís XIV, um dos seus distantes sucessores, Luís XVI, ainda procurava - sem êxito - descobrir a verdade. O mesmo terá sucedido a Napoleão, promotor de diversas e infrutíferas investigações.

A febre especulativa levou às hipóteses mais extravagantes, na maioria rapidamente desmontadas.

O mascarado foi por exemplo identificado como Molière; ou como Nicolas Fouquet, o venal superintendente das Finanças de Luís XIV (efectivamente preso por ordem deste, mas falecido no cárcere em 1680); ou como um filho ilegítimo de Carlos II de Inglaterra; ou como um amante da rainha Maria Teresa, esposa do rei...




Uma outra hipótese foi a que identificou o preso como Ercole Antonio Mattioli, ministro na corte do duque de Mântua. Mattioli terá ludibriado o monarca francês num negócio que envolvia a compra, pela França, da fortaleza fronteiriça de Casale Monferrato.

Zangado, Luís XIV mandou raptar o italiano e fez com que o encerrassem na prisão de Pignerol. Os que não acreditam na hipótese dizem que Saint-Mars jamais fez segredo sobre este caso, aludindo abertamente a Mattioli nas suas cartas (ao contrário do que fazia relativamente à figura misteriosa, sempre mencionada como o "Mascarado" ou o "Prisioneiro").

De qualquer modo, em nenhuma das versões anteriores se vislumbram razões para tamanhas cautelas (rosto sempre tapado, ocultação de identidade) e, em simultâneo, para tantas manifestações de respeito diante do prisioneiro.

Com efeito, se tudo não tivesse passado de um acto de vingança do rei (ou pelo desfalque das suas finanças por um ministro desonesto; ou pela vigarice de um italiano astucioso; ou por ter sido desrespeitado na sua relação conjugal), mal se compreende que Luís XIV, monarca absoluto e poderoso, não tenha decidido tratar do caso de forma mais rápida, simples e radical - por exemplo, mandando eliminar fisicamente o abusador.

Alguma coisa terá levado a que o rei optasse por solução diferente, fazendo com que o mistério se fosse arrastando através das décadas.

O caminho que ele escolheu parece indiciar, claramente, três coisas: primeiro, o temor de que o preso pudesse ser reconhecido por alguém; segundo, que a condição do mesmo justificava um tratamento cortês e reverencioso; por último, face à hipótese da execução do preso, uma espécie de má consciência ou, noutra perspectiva, algum escrúpulo.

O escrúpulo que até um monarca tão poderoso como Luís XIV não deixaria certamente de sentir perante um eventual fratricídio. 


Ana de Áustria, esposa de Luís XIII e mãe de Luís XIV (n. 1601 - f. 1666)


Isto conduz-nos, finalmente, à mais fantástica das hipóteses - a de que o prisioneiro mais não seria do que um irmão gémeo de Luís XIV.

O cardeal Richelieu, primeiro-ministro de Luís XIII (pai de Luís XIV), revelou nas suas memórias que Ana de Áustria (mãe do rei) tinha dado à luz dois filhos gémeos no dia 5 de Setembro de 1638.

A primeira criança, nascida por volta do meio-dia, foi imediatamente declarada herdeira do trono. Mas, inesperadamente, pelas 8.30 horas da noite, a rainha entrou outra vez em trabalho de parto e uma segunda criança nasceu.

De acordo com o entendimento de então, o gémeo que nascia em segundo lugar era considerado o "mais velho" (porque se acreditava que fora concebido antes do outro).

Por consequência, como a primeira criança fora já nomeada herdeira de Luís XIII, e para evitar complicações e disputas futuras, achou-se mais prudente ocultar o segundo nascimento. 

À rainha disseram que a criança tinha morrido.

O gémeo rejeitado foi confiado aos cuidados de uma parteira que o criou longe da corte - a corte onde Luís XIV, o outro gémeo, ia sendo preparado para suceder ao pai.

Com o decurso dos anos, verificou-se que a semelhança física do "proscrito" com o irmão se tornara tão notória, que seriam de prever, em breve, problemas graves. Mandaram-no então para fora do país, mais concretamente para Inglaterra, onde, não se sabe por que meios, terá acabado por conhecer a sua verdadeira identidade.

Diz-se que, nessa altura, o gémeo rejeitado terá pensado em fazer valer os seus direitos - como "mais velho" que era. Mas quando reentrou em França, sob o falso nome de Eustache Dauger, os serviços secretos de Luís XIV deitaram-lhe a mão. Isso terá sucedido em Dunquerque no dia 19 de Julho de 1769.

Nesse mesmo dia, o ministro da Guerra da França, Louvois, escreveu a Saint-Mars informando-o de que iria ser enviado um prisioneiro importante para Pignerol. O preso seria mantido sob vigilância permanente, devendo ser-lhe aplicada uma máscara impeditiva de que alguém o pudesse reconhecer.

Assim terá começado o calvário de 34 anos de reclusão do infeliz Homem da Máscara de Ferro.

No entanto, por mais esforços que historiadores e estudiosos em geral tenham levado a cabo ao longo de mais de três séculos, ninguém pode garantir, de ciência certa, que algum deles tenha resolvido definitivamente o enigma...


Décadas e décadas de clausura. Qual teria sido o seu crime?


Fragmentos da trilha sonora do filme The Man in the Iron Mask:

(1)




(2)



(3)




MOMENTOS DO FILME:

(A) - Trailer oficial




(B) - Retirada da máscara de ferro