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sábado, 7 de outubro de 2023

Ana Vidovic toca "Astúrias" (de Isaac Albéniz) - Espanha

 
Ana Vidovic nasceu na Croácia em 8 de Novembro de 1980.
Isaac Albéniz foi um compositor espanhol (1860-1909)
 

terça-feira, 27 de junho de 2023

"Manitas de Plata". Olé!





"Manitas de Plata" (Ricardo Baliardo) foi um extraordinário guitarrista de flamenco.

Nasceu numa caravana cigana, em Sète, sul de França, a 7 de Agosto de 1921.

Faleceu em Montpellier, com 93 anos (5 de Novembro de 2014).
Tocou com Paco de Lucia e para a dançarina Nina Corti.

Pablo Picasso, que foi um dos seus grandes admiradores, comentou ao ouvi-lo pela primeira vez: "Este homem vale mais do que eu!"

Apreciem, abaixo, o seu virtuosismo.
(Vídeo de jezagrom)




Manitas de Plata em 1968


quarta-feira, 15 de março de 2023

A Grande Música de Espanha - "La Boda de Luis Alonso" (Jerónimo Giménez)



Jerónimo Giménez nasceu em Sevilha, Espanha, em 10 de Outubro de 1854.

Faleceu em Madrid no dia 19 de Fevereiro de 1923.

Iniciou os estudos musicais com seu pai, estudando depois com Salvador Viniegra, em Cádiz. Mais tarde, frequentou o Conservatório de Paris.

Regressou a Espanha em 1885.

Além de grande produção de zarzuelas, escreveu diversas sinfonias e música de câmara.

Os seus melhores trabalhos são os do início da carreira.

Entre os mais notáveis estão Trafalgar e Los Voluntarios, mas a sua fama advém, sobretudo, de três trabalhos: El Baile de Luis Alonso, La Boda de Luis Alonso e a sua obra-prima La Tempranica.

Escutemos La Boda de Luis Alonso:


A direcção de orquestra é de Enrique García Asenso.
Castanholas confiadas às virtuosas mãos de Lucero Tena.

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

A Grande Música Portuguesa - Madredeus (com Teresa Salgueiro)

 


Um dos melhores grupos musicais portugueses, com enorme projecção mundial.
Composições inspiradíssimas, opções instrumentais cheias de originalidade, executantes virtuosos, sonoridades inconfundíveis ...e uma voz de outras galáxias - a de Teresa Salgueiro.
Saiba mais sobre o Madredeus (aqui).

Amostra de canções:
1.ª O Pastor
2.ª A Vaca de Fogo (aos 3' 29'')
3.ª Os Senhores da Guerra (aos 7' 38'')

Trata-se do excerto de um concerto gravado ao vivo no Palais des Beaux-Arts, Bélgica, em Abril de 1995.

Além da voz de Teresa Salgueiro, temos:
Pedro Ayres Magalhães - guitarra clássica
José Peixoto - guitarra clássica
Francisco Ribeiro - violoncelo
Carlos Maria Trindade - sintetizadores
Gabriel Gomes - acordeão

(Para ampliar, clique no quadrado do canto inferior direito do vídeo)
(LEGENDADO)

(o vídeo é de Portuscale pt)

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

Balada de Coimbra (Carlos Paredes - Portugal)

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Ó Coimbra do Mondego
E dos amores que lá tive…


A magia desta magnífica cidade portuguesa
de estudantes, de tricanas e de saudades
encerra-se toda na balada
que a genialidade de Carlos Paredes eternizou…

Na antiquíssima e famosa Universidade de Coimbra
fizeram os seus estudos superiores muitos dos homens
que viriam  a participar de modo decisivo
no processo de independência do Brasil (1822).

Um deles foi o célebre José Bonifácio...

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Saiba mais sobre Coimbra - aqui




segunda-feira, 8 de agosto de 2022

A Grande Música de Isaac Albéniz (Espanha) - "Astúrias"





A passagem do tempo mais não fez do que robustecer as lendas que correm sobre a vida de Isaac Albéniz (1860-1909), um dos mais brilhantes compositores espanhóis, autor da zarzuela Pepita Jiménez e, também, de Ibéria, a sua obra-prima.
A genialidade precoce e as histórias fantásticas que se lhe atribuem fizeram dele uma figura enigmática.

Isaac Albéniz nasceu em Camprodón, Catalunha, em 29 de Maio de 1860. Menino prodígio, deu o primeiro concerto aos quatro anos. Aos sete foi-lhe recusada a admissão no Conservatório de Paris, pela pouca idade, acabando matriculado no Conservatório de Madrid.

Fugiu de casa e acabou por se esconder num navio com destino à América Central. De lá foi para os Estados Unidos, onde ganhou a vida tocando em público.

Voltou para a Europa, onde conseguiu entrar, em 1874, para o Conservatório de Leipzig, Alemanha, como aluno de Jodassohn e Reinecke.

Voltou depois a Espanha, recebendo do rei uma bolsa que lhe permitiu continuar os estudos no Conservatório de Bruxelas.

Em 1878 recebeu lições de Liszt, cuja influência se fez sentir na técnica das suas peças mais importantes para piano.

Depois de acompanhar Rubinstein numa excursão artística pela Europa e América, em 1880, ganhando grande reputação como pianista, foi ensinar em Barcelona.



Em 1883, Albéniz casou-se com Rosina Jordana e, em 1885, voltou para Madrid.

Em 1893, estabeleceu-se em Paris, decidido a aperfeiçoar cada vez mais a sua técnica, recomeçando a trabalhar com d'Indy e Dukas e assimilando os processos impressionistas de Debusssy e Ravel.

Em 1898 apareceram-lhe os primeiros sintomas da doença de Bright (problema renal), da qual viria a morrer, em Cambo-les-Bains, nos Pirinéus, em 18 de maio de 1909.

Pianista famoso, Albéniz foi, como compositor, um dos que iniciaram na Espanha a criação de um estilo musical nacional, baseado nos ritmos e motivos populares. Influenciou, por exemplo, a obra de Manuel de Falla.

Como outros jovens compositores espanhóis da época, seguiu Felipe Pedrell (1841-1922) no culto de uma arte musical genuinamente espanhola.

O poema sinfónico Catalunha (1899) e a colecção de peças para piano Ibéria (1906-1909) são das suas obras mais conhecidas.

No vídeo abaixo, Saib Polanco e Elisa Pérez fazem-nos, com "Astúrias", uma demonstração da genialidade criativa de Isaac Albéniz...


... que podemos também admirar na versão da Orquestra Sinfónica de Varsóvia (Polónia):




quinta-feira, 7 de julho de 2022

A Dama de Elche (Espanha) - Um belo enigma ibérico

 

 

A Dama de Elche - Busto de mulher, encontrado, por acaso, em Elche, província de Alicante (Espanha), perto do mar.

No local têm aparecido objectos de quase todas as épocas.

Com 56 cm. de altura, lavrado em calcário, é um dos monumentos escultóricos mais notáveis de origem peninsular.

Deverá datar do século IV ou V a.C.

Está presentemente no Museu Arqueológico de Espanha, em Madrid.

O busto foi originalmente colorido (ver, abaixo, um desenho de Francisco Vives com uma hipótese das cores iniciais).

Acha-se em bom estado de conservação.




O seu significado e origem permanecem misteriosos.

Não há dúvida de que o seu autor deve ter sido grego (ou indígena helenizado), tal a perfeição das feições e dos ornatos que exibe, não só no alto da cabeça (tiara) como aos lados, onde aparecem umas caixas circulares para nelas serem metidos os cabelos, depois de enrolados.

Apresenta ainda um diadema na fronte, colares ao pescoço e uma mantilha nos ombros.

A peça tem um largo orifício atrás, onde, de resto, a escultura é menos cuidada.

Seria, talvez, uma peça funerária, modelada sobre a face da defunta - e que guardaria na cavidade praticada no busto a sua urna cinerária ou objectos sagrados?

Seria uma divindade?

Jamais haverá uma resposta definitiva.


(Texto adaptado de Verbo - Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura e de Wikipédia)




Réplica da Dama de Elche, no jardim Huerto del Cura, naquela cidade.




Folclore da província de Alicante (Espanha)
(Vídeo de Mayka Ramos):

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Grandes fados e canções de Portugal - LUCÍLIA DO CARMO ("Maria Madalena")

 




Quem por amor se perdeu
Não chore, não tenha pena,
Uma das santas do céu
Foi Maria Madalena

Desse amor que nos encanta
Até Cristo padeceu
Para poder tornar santa
Quem, por amor, se perdeu

Jesus só nos quis mostrar
Que o amor não se condena
Por isso, quem sabe amar,
Não chore, não tenha pena

A Virgem Nossa Senhora
Quando o amor conheceu,
Fez da maior pecadora
Uma das santas do céu

E de tanta que pecou
Da maior à mais pequena
Ai, aquela que mais amou
Foi Maria Madalena...

Aquela que mais amou
Foi Maria Madalena!



Lucília do Carmo (1919-1998),
talentosa mãe do talentoso Carlos do Carmo (aqui 1).
Saiba mais sobre ela (aqui 2)

sábado, 25 de setembro de 2021

A Grande Música de Manuel de Falla - "Noches En Los Jardines de España" e outras composições...


Manuel de Falla foi um dos compositores mais destacados do século XX, criador genial de peças envolventes, sensuais e misteriosas, poderosamente evocadoras dessa Espanha profunda e telúrica onde ele nasceu (Cádiz, 23 de Novembro de 1876).

Em criança estudou música com sua mãe e outros professores da sua cidade natal.

De 1905 a 1907 ensinou piano em Madrid, e entre 1907 e 1914 estudou e trabalhou em Paris.

No período que vai de 1914 a 1938 viveu e compôs, sobretudo, em Espanha. Em 1939 fixou residência na Argentina, onde faleceu em 14 de Novembro de 1946.



Sob a influência de Felipe Pedrell, defensor de que as bases da música de um país devem provir do seu próprio folclore, Falla desenvolveu um estilo claramente nacionalista, que caracterizou praticamente todas as suas composições.

Não obstante, não costumava utilizar as canções folclóricas espanholas de forma directa nos seus temas, incorporando, antes, o seu espírito.
Isso é particularmente perceptível na famosíssima Dança Ritual do Fogo, do Amor Brujo.

Comprove aqui...


... e também no vídeo abaixo, com a inesquecível Pantomima (incluída no mesmo Amor Brujo):



No seu tempo, Manuel de Falla foi o inspirador de um movimento contra a influência da música alemã e italiana na ópera espanhola e contra a esterilidade da música de câmara e orquestral que então imperava.

Entre as suas mais famosas composições contam-se:

Noches en los Jardines de España (1909-1915), para orquestra e piano; a ópera La Vida Breve (1913); os ballets El Amor Brujo (1915) e El Sombrero de Tres Picos (1919); a Fantasía Bética para piano (1919); El Retablo de Maese Pedro (1924); o Concierto para Clave y 7 Instrumentos (1923-1926); e sica para Guitarra.



Sobre as fantásticas Noches En Los Jardines de España, transcreve-se parte de um artigo que Daniel Eisenberg lhes dedicou:

"Os jardins espanhóis que interessavam a Falla eram todos andaluzes.
A peça foi o primeiro disco de música espanhola que possuí. Causou-me calafrios desde o primeiro momento.

Entre todas as peças do compositor, foi aquela cujo sentido mais me custou a encontrar, isto é, descobrir o que se passava de noite nos jardins de Espanha.
Manuel de Falla pinta um mundo formoso, emocional e violento, acaso perigoso, mas, por fim, aprazível e espiritual.

Segundo Joaquín Turina, esta é a obra mais triste de Falla, na qual ele expressa um drama íntimo.

Os três movimentos que a compõem são:

1 - En los Jardines del Generalife;
2 - Una Dansa Lejana
3 - En los Jardines de la Sierra de Córdoba.

Jardins do Generalife (Granada - Espanha)

Os dois últimos movimentos tocam-se sem pausa. O dedicado ao Generalife foi para mim, desde o princípio, o mais compreensível, pois este é o jardim andaluz mais bem conservado.

O Generalife, o lugar mais agradável que conheço no planeta, foi um jardim dedicado ao amor e, ao mesmo tempo, constitui uma expressão dele.

Segundo Santiago Rusiñol, "assim como há artistas que do amor fazem poesia, ou música ou obra de arte, houve quem do amor fizesse jardins, e foi o artista enamorado quem idealizou o Generalife".

Naturalmente, não se trata do amor conjugal ou procriativo: foi "ninho de amores, mansão de sultana favorita, refúgio de reis, retiro acariciado pelo perfume das flores, os misteriosos sussurros do bosque e o murmúrio das fontes".

Ciprestes, frescura, exclusão dos ruídos do mundo. Tanques e cascatas, fontes, repuxos: água, flores e frutos por todo o lado. A água, símbolo da vida, foi o principal elemento decorativo.

"Hoje mesmo, as suas ruínas possuem a vaga tristeza dos lugares que foram teatro de antigas felicidades, e tudo canta o prazer perdido, nessa linguagem muda das coisas que transportam consigo a recordação."




Naturalmente, uma obra assim deixou-me encantado, ainda que a não entendesse até há pouco tempo.

Em Noches en los Jardines de España, Falla passa do existente ao desaparecido, do presente ao passado, do amor humano ao amor divino, do leste ao oeste, de Granada a Córdoba, do último reduto do Islão hispânico à sua plenitude.

Recria um mundo apaixonado e apaixonante, não só desaparecido mas também oculto. A sua evocação musical contribuiu muito para que eu me dedicasse ao estudo da cultura hispânica. Mas as minhas aulas de literatura e história espanholas - nas quais a Espanha se identificou completamente com Castela - não me esclareceram.
Tive que descobri-lo à minha custa."

E nós também o podemos descobrir no vídeo seguinte (interpretação da Sinfonieorchester - Frankfurt Radio Symphony):



sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Carlos do Carmo - "Não se morre de saudade", mas...

 


Nasceu em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1939, e faleceu hoje, primeiro dia de 2021, nesta mesma cidade.

Figura marcante da música portuguesa, fadista extraordinário, cavalheiro educado e homem vertical que singrava na vida de cabeça levantada e sempre a direito, viu o imenso talento atestado e aplaudido em muitos palcos mundiais.

De facto, não se morre de saudade... E, como ele também brilhantemente cantava, por morrer uma andorinha não acaba a Primavera. Mas não há dúvida de que esta fica muito mais triste e mais pobre para quem assista à sua partida...


Não se morre de saudade
De saudade eu não morri
Nem morro nesta ansiedade
De viver, morrendo em ti

Não sou a flor que tu beijas
Nem o Deus das tuas preces
Não serei o que desejas
Mas sou mais do que mereces

No banco verde da esperança
Estou sentado à tua espera
Continuo a ser criança
No meu jardim de quimera

Sou pausa do teu recreio
Sou o brinquedo quebrado
És o livro que não leio
Porque está sempre fechado

Traz a bola e vem brincar
Traz o arco e vem correr
Traz a corda e vem saltar
Meu amor, p’ra eu te ver...

..........

Saiba mais sobre Carlos do Carmo aqui

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Que viva Espanha! (Lucero Tena - "Mi Cubanita")

Lucero Tena

A grande Lucero Tena (que vimos outro dia em La Boda de Luis Alonso) apresentava-se, há uns anos, com a exuberância, a beleza, a garra e o virtuosismo que podem comprovar abaixo.
Acompanhavam-na, com garbo e competência, Gabriel Moreno (canto) e Victor Monge "Serranito" (toque).

[Vale muito a pena aumentar o tamanho do vídeo (clique no quadrado do canto inferior direito)].

"Mi Cubanita":
Vídeo colocado por
David Frochoso Rubia

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

"Gran Jota" (de "La Dolores")



…com Plácido Domingo e Ángel Cardenas:


Saiba mais sobre esta dança (Jota): aqui

sábado, 31 de dezembro de 2016

SAUDANDO O ANO NOVO

 
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Peça musical - El Barberillo de Lavapiés (zarzuela em 3 actos) - Prelúdio e Dança dos Estudantes
Compositor - Francisco Asenjo Barbieri (1823-1894)
Libreto - Luís Mariano de Larra (1830-1901)
Lugar de estreia - Teatro de la Zarzuela de Madrid (19 de Dezembro de 1874)
Pesquisa e apresentação - Albina de Castro
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Celebração do Novo Ano


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Peça musical: Fandango, da zarzuela Doña Francisquita (1923).
Compositor: Amadeo Vives, Espanha, 1871-1932.
Execução: Orquestra Filarmónica de Berlim.
Maestro: Placido Domingo.
Pesquisa e a presentação: Albina de Castro.
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segunda-feira, 27 de setembro de 2010