segunda-feira, 8 de agosto de 2022

A Grande Música de Isaac Albéniz (Espanha) - "Astúrias"





A passagem do tempo mais não fez do que robustecer as lendas que correm sobre a vida de Isaac Albéniz (1860-1909), um dos mais brilhantes compositores espanhóis, autor da zarzuela Pepita Jiménez e, também, de Ibéria, a sua obra-prima.
A genialidade precoce e as histórias fantásticas que se lhe atribuem fizeram dele uma figura enigmática.

Isaac Albéniz nasceu em Camprodón, Catalunha, em 29 de Maio de 1860. Menino prodígio, deu o primeiro concerto aos quatro anos. Aos sete foi-lhe recusada a admissão no Conservatório de Paris, pela pouca idade, acabando matriculado no Conservatório de Madrid.

Fugiu de casa e acabou por se esconder num navio com destino à América Central. De lá foi para os Estados Unidos, onde ganhou a vida tocando em público.

Voltou para a Europa, onde conseguiu entrar, em 1874, para o Conservatório de Leipzig, Alemanha, como aluno de Jodassohn e Reinecke.

Voltou depois a Espanha, recebendo do rei uma bolsa que lhe permitiu continuar os estudos no Conservatório de Bruxelas.

Em 1878 recebeu lições de Liszt, cuja influência se fez sentir na técnica das suas peças mais importantes para piano.

Depois de acompanhar Rubinstein numa excursão artística pela Europa e América, em 1880, ganhando grande reputação como pianista, foi ensinar em Barcelona.



Em 1883, Albéniz casou-se com Rosina Jordana e, em 1885, voltou para Madrid.

Em 1893, estabeleceu-se em Paris, decidido a aperfeiçoar cada vez mais a sua técnica, recomeçando a trabalhar com d'Indy e Dukas e assimilando os processos impressionistas de Debusssy e Ravel.

Em 1898 apareceram-lhe os primeiros sintomas da doença de Bright (problema renal), da qual viria a morrer, em Cambo-les-Bains, nos Pirinéus, em 18 de maio de 1909.

Pianista famoso, Albéniz foi, como compositor, um dos que iniciaram na Espanha a criação de um estilo musical nacional, baseado nos ritmos e motivos populares. Influenciou, por exemplo, a obra de Manuel de Falla.

Como outros jovens compositores espanhóis da época, seguiu Felipe Pedrell (1841-1922) no culto de uma arte musical genuinamente espanhola.

O poema sinfónico Catalunha (1899) e a colecção de peças para piano Ibéria (1906-1909) são das suas obras mais conhecidas.

No vídeo abaixo, Saib Polanco e Elisa Pérez fazem-nos, com "Astúrias", uma demonstração da genialidade criativa de Isaac Albéniz...


... que podemos também admirar na versão da Orquestra Sinfónica de Varsóvia (Polónia):




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