Nasceu em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1939, e faleceu hoje, primeiro dia de 2021, nesta mesma cidade.
Figura marcante da música portuguesa, fadista extraordinário, cavalheiro educado e homem vertical que singrava na vida de cabeça levantada e sempre a direito, viu o imenso talento atestado e aplaudido em muitos palcos mundiais.
De facto, não se morre de saudade... E, como ele também brilhantemente cantava, por morrer uma andorinha não acaba a Primavera. Mas não há dúvida de que esta fica muito mais triste e mais pobre para quem assista à sua partida...
Não se morre de saudade
De saudade eu não morri
Nem morro nesta ansiedade
De viver, morrendo em ti
Não sou a flor que tu beijas
Nem o Deus das tuas preces
Não serei o que desejas
Mas sou mais do que mereces
No banco verde da esperança
Estou sentado à tua espera
Continuo a ser criança
No meu jardim de quimera
Sou pausa do teu recreio
Sou o brinquedo quebrado
És o livro que não leio
Porque está sempre fechado
Traz a bola e vem brincar
Traz o arco e vem correr
Traz a corda e vem saltar
Meu amor, p’ra eu te ver...
..........
Saiba mais sobre Carlos do Carmo - aqui
Sem comentários:
Enviar um comentário