Pequenas e grandes histórias da História e mensagens mais ou menos amenas sobre vidas, causas, culturas, quotidianos, pensamentos, experiências, mundo...
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Irene no Céu
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro, bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
Manuel Bandeira (Brasil)
3 comentários:
Albina de Castro
disse...
Conheci uma "Irene" (que por acaso não se chamava Irene) que um dia nos deixou para sempre. Por aquilo que foi em vida, calculo que esteja agora no céu, seja lá o que isso for. Estará pelo menos num sítio bom e recompensador. E tal como esta Irene de Manuel Bandeira, tenho a certeza de que ela não teve de pedir licença para lá entrar...
Na Recife de Manuel Bandeira, temos uma Irene que chora o filho que foi ao céu. Empregada doméstica da madame, em prédio luxento na capital, para levar o cachorro da patroa para passear, precisou deixar o filho no apartamento. Por estar fazendo as unhas, madame não cuidou um mínimo dele, que caiu no fosso do elevador e morreu, o menino Miguel. Mirtes uma Irene como tantas neste Brasil, chora. Os doutores tentam emplacar que madame Sari Corte não tinha condições de olhar o menino, e que ele, com cinco anos era capaz de discernir o perigo de andar pelo prédio desconhecido.
Olá, Dorivaldo. Adriana Calcanhotto, que esteve recentemente em Portugal, narrou esse triste acontecimento numa entrevista que concedeu a uma emissora deste país. Episódio triste e muito lamentável, que revoltou e entristeceu todos quantos tomaram conhecimento dele. Tal como Irene, esse menino não precisou de pedir licença para entrar no céu; e sua mãe, um dia, também não precisará - para voltar a estar com ele. Agradeço o comentário. Um abraço.
3 comentários:
Conheci uma "Irene" (que por acaso não se chamava Irene) que um dia nos deixou para sempre. Por aquilo que foi em vida, calculo que esteja agora no céu, seja lá o que isso for. Estará pelo menos num sítio bom e recompensador. E tal como esta Irene de Manuel Bandeira, tenho a certeza de que ela não teve de pedir licença para lá entrar...
Na Recife de Manuel Bandeira, temos uma Irene que chora o filho que foi ao céu. Empregada doméstica da madame, em prédio luxento na capital, para levar o cachorro da patroa para passear, precisou deixar o filho no apartamento. Por estar fazendo as unhas, madame não cuidou um mínimo dele, que caiu no fosso do elevador e morreu, o menino Miguel. Mirtes uma Irene como tantas neste Brasil, chora. Os doutores tentam emplacar que madame Sari Corte não tinha condições de olhar o menino, e que ele, com cinco anos era capaz de discernir o perigo de andar pelo prédio desconhecido.
Olá, Dorivaldo. Adriana Calcanhotto, que esteve recentemente em Portugal, narrou esse triste acontecimento numa entrevista que concedeu a uma emissora deste país. Episódio triste e muito lamentável, que revoltou e entristeceu todos quantos tomaram conhecimento dele. Tal como Irene, esse menino não precisou de pedir licença para entrar no céu; e sua mãe, um dia, também não precisará - para voltar a estar com ele.
Agradeço o comentário. Um abraço.
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