Marie Colvin, jornalista e correspondente de guerra, nasceu a 12 de Janeiro de 1956 nos Estados Unidos da América (New York) e faleceu em 22 de Fevereiro de 2012 na cidade de Homs (Síria). Trabalhou, desde 1985 até ao termo dos seus dias, para o jornal britânico The Sunday Times.
Enquanto correspondente de guerra, a vida de Marie Colvin foi um constante sobressalto, em que arriscou com frequência a integridade física e, como ficaria tragicamente demonstrado, a própria vida. Correspondente do seu jornal no Médio Oriente, cobriu também conflitos na Tchetchénia, Serra Leoa, Zimbabwe, Kosovo, Timor Leste e Sri Lanka.
Foi precisamente na guerra civil do Sri Lanka que ela foi atingida com gravidade pelos estilhaços de uma granada, apesar de se ter previamente identificado como jornalista. Em consequência disso, perdeu a visão do olho esquerdo e passou a usar a pala (tapa-olho) com que surge em diversos documentários e fotos (como acima). Tinha então 44 anos de idade.
O fim de Marie chegou no mês de Fevereiro de 2012, quando ela realizava a cobertura do cerco da cidade de Homs, na Síria, pelas forças do governo. Refugiada num prédio com outros (poucos) jornalistas, efectuou a derradeira transmissão na noite do dia 21, sendo seguida na BBC, CNN, Channel 4 e ITN News.
Numa reportagem que não deixou dúvidas a ninguém, descreveu os criminosos bombardeamentos contra pessoas e edifícios civis levados a cabo pelas tropas de Bashar al-Assad. Teve ainda tempo de classificar o conflito como "o pior que havia experimentado durante a sua carreira".
Horas depois, já no dia 22 de Fevereiro, o edifício e as redondezas foram atingidos em cheio pela artilharia síria: o alvo fora provavelmente localizado pelos sinais telefónicos, via satélite, que haviam suportado a transmissão. Marie Colvin morreu no seu posto, juntamente com Rémi Ochlik, um fotógrafo francês. O fotógrafo que a acompanhava nas suas reportagens, Paul Conroy, sobreviveu ao ataque.
Na noite da sua morte, muita gente veio lamentar nas ruas de Homs aquilo que pareceu ser um assassínio premeditado.
O funeral de Marie ocorreu em Oyster Bay, New York, em 12 de Março de 2012.
No mês de Julho de 2016, os advogados da família moveram uma acção judicial contra o governo da Síria, alegando terem provas de que este ordenara directamente o assassínio daquela jornalista tão corajosa como incómoda.
Rosamund Pike no papel de Marie Colvin ("A Private War"). |
Em 2018, seis anos decorridos sobre aquela trágica noite, Matthew Heineman realizou um interessante filme biográfico sobre a jornalista - A Private War, exibido em Portugal com o título Uma Guerra Pessoal.
O papel de Marie é magistralmente desempenhado pela actriz Rosamund Pike. Paul Conroy, o seu fotógrafo, é representado por Jamie Dornan.
Trailer oficial (legendado em português):
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