sábado, 16 de outubro de 2021

Velho Cinema Português - "A Canção de Lisboa" (1933)

 


Realizada por Cottinelli Telmo, foi a segunda longa-metragem sonora portuguesa (e a primeira totalmente produzida no país). Contou com grandes nomes da comédia cinematográfica do tempo, como Vasco Santana, António Silva e Beatriz Costa (saiba mais - aqui).

Na cena abaixo, o Vasquinho visita o Jardim Zoológico de Lisboa em companhia das tias Perpétua e Efigénia, recém-chegadas da província (as quais lhe sustentam uma desprendida e duvidosa vida de estudante na capital e de quem ele é único herdeiro).

Após a perda inesperada de um chapéu de palha (e das consequentes tentativas de substituição do mesmo), Vasco Santana deixaria consagrada em Portugal, até aos dias que correm e com aplicação garantida em diversas situações, a expressão Chapéus há muitos (seu palerma)!

De facto, na época, havia.
Hoje, claro, há muito menos.
Foram substituídos por uma inescrupulosa falange de demagogos, populistas e jagunços do oportunismo político...


(I)
No Jardim Zoológico


No extracto seguinte, Caetano (António Silva) e a sua filha Alice (Beatriz Costa) exibem-se noutra famosa e icónica cena:

(II)
Canção "A Agulha e o Dedal"


Depois de peripécias mirabolantes, o alfaiate Caetano acede enfim a conceder a mão da sua filha, Alice, ao (até então) detestado Vasquinho. Na época, como hoje, a miragem de uma fortuna na província ajudava muito a ultrapassar barreiras tidas por intransponíveis:

(III)
Como uma herança de 800 contos
resolve um casamento


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