(Para eles, animais não-humanos, a música clássica não é trocável por barafundas metálicas --- Notas musicais e melhorias de saúde --- O jazz é, apesar de tudo, aceitável --- Os irresistíveis sortilégios da harpa --- Apresentação de Hazel, a jumenta melómana de Christopher Ameruoso, que parece convencida de ter nascido para uma carreira artística...)
Muita gente tem testemunhado, em ambiente doméstico, como os sons musicais fazem reagir cães e gatos. É frequente que os primeiros se ponham a ladrar, a ganir ou a uivar, enquanto os gatos não se dão bem com sons intensos ou estridentes, buscando velozmente outras paragens. Mas a "suavização" dos sons origina, por regra, condutas mais sossegadas e satisfeitas.
Experiências realizadas no âmbito da Medicina Veterinária comprovam, efectivamente, que os animais, tal como os humanos, acusam reacções fisiológicas e comportamentais quando submetidos a audições musicais (alterações da frequência cardíaca, regulação da pressão arterial e redução do cortisol - relacionado com o stress -, com visível controlo da ansiedade e melhoria de humor).
Igualmente se tem demonstrado que os resultados são diferentes consoante o tipo de música: Beethoven ou Mozart originam reacções muito mais positivas do que audições de heavy metal...
Pragmático como sempre, o ser humano utiliza estas descobertas para aumentar o contributo produtivo dos animais, especialmente bovinos (incremento da produção leiteira, por exemplo).
Os vídeos abaixo ilustram o extraordinário efeito que os sons musicais (ou as vozes humanas "cantadas") exercem sobre os animais. Vejam como eles acorrem, por vezes à desfilada, para formarem confiantes e atentas assembleias de ouvintes das melodias que, aparentemente, os fascinam.
Só não conseguem suspeitar, coitados, de que as enigmáticas criaturas erectas que os atraem com tais maravilhas pertencem à mais perigosa, desapiedada e mortífera (para eles) das espécies vivas que povoam o planeta...
(1) - Bovinos melómanos...
(2) - O fascínio da harpa
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