sexta-feira, 30 de maio de 2014

Política à Portuguesa (Seguro e o Princípio de Peter)



“(…) Seguro cumpriu o princípio da incompetência de Peter: foi o líder de transição que sempre é sacrificado entre lideranças marcantes. E, desse ponto de vista, cumpriu fielmente o papel que lhe foi destinado. Seguro ficará tanto na memória colectiva como Fernando Nogueira, o tal que sucedeu a Cavaco Silva no PSD.
Mas, como postula o princípio de Peter, Seguro não dá mais que isto.
A sua visão para o País tem a consistência de gelatina e a capacidade mediática de um pão seco.
Eu não sei se António Costa vai ser o próximo líder do PS.
Não sendo militante, a decisão não está nas minhas mãos. Mas, francamente, tenho pressa que as entranhas do PS não confundam, como tem sido hábito, deslealdades com divergências, a forma da letra com o espírito da mesma, e os interesses do País com os interesses de meia dúzia com genética de lapa, agarradinhos aos estatutos como tábua de salvação.
Mas se Seguro quiser desmentir quem clama por algo diferente, é simples: marque congresso extraordinário por sua iniciativa e olhe António Costa - e o País - nos olhos.” (*)

(*) Ana Martins, in “Económico”, Lisboa, 30-Maio-2014




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