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Tinham tido mais de 50% dos votos nas eleições anteriores.
Ficaram-se ontem por uns desastrosos 38% (soma dos dois, Psd e Cds). Perderam cerca de 800 000 votos.
Possuíam a maioria dos deputados da Assembleia da República. Perderam-na. Após a varridela que o povo lhes deu, quedam-se agora dependentes da esquerda maioritária (38% para a direita, 62% para a esquerda reunida).
Nesta esquerda, o Partido Socialista é largamente maioritário (32%) e nada se poderá fazer, de futuro, sem ele.
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Viciados na mentira, no truque e na trapaça, Psd e Cds tudo farão para provocarem, a prazo, uma crise política - culpando a esquerda, e particularmente o Partido Socialista, de "não os deixarem governar".
A ideia será provocarem eleições antecipadas que, como de resto sucedeu em época de péssima memória, os possa (re)conduzir à maioria absoluta que agora perderam.
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O Partido Socialista deverá manter-se atento às golpadas da "parelha sinistra". Fica entretanto com a oportunidade de fazer oposição a sério na Assembleia da República (finalmente!), impondo, por via negocial, algumas das ideias-base do seu programa.
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Algo de muito importante foi conseguido para já: terminou o tempo da insuportável e impune arrogância desta direita. Uma direita sem verdade, sem ética e sem nenhum respeito pelo povo português.
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