A Amada
Ó minha eleita sem par
de entre toda a humanidade:
estrela! lua a brilhar!
haste erguida e escorreita
gazelita no olhar.
Da flor tu és o alento
és a brisa perfumada,
minha dona, meu sustento,
e grilheta bem-amada.
Cego ficaria e surdo
para que fosses resgatada,
chama-me que logo acudo.
Diz: quando será curada
a ardência do meu coração
com o fresco toque dos dentes
que na tua boca estão?
(Al-Mutamid - n. Beja em 1040; f. Marrocos em 1095)
Sem comentários:
Enviar um comentário