A portuguesa Patrícia Mamona, que conquistou recentemente, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a medalha de prata no triplo-salto feminino (marca de 15,01 metros), proclamou, ainda ofegante e emocionada, na euforia do seu feito, que os Portugueses, "sendo pequenos, são capazes de fazer grandes coisas".
O que disse esta jovem campeã, "alfacinha" de gema (nasceu em Lisboa, freguesia de S. Jorge de Arroios), é verdade insofismável e historicamente documentável.
Entre luzes e sombras (mais as primeiras do que as segundas), os lusos abalançaram-se desde sempre - desde há quase novecentos anos... - a cometimentos antevistos como "impossíveis".
De triunfo em triunfo, de desengano em desengano, de drama em drama, lá foram galgando através dos séculos as barreiras do desconhecido e do imprevisto, pagando frequentemente com lágrimas, sangue e lutos (lágrimas, sangue e lutos europeus, africanos, asiáticos, americanos...) a ascensão a patamares de superação para muitos impensáveis.
Para os cépticos, aí estão a comprová-lo as fronteiras e os espaços que deixaram delimitados quando terminou a grande aventura - limites fronteiriços que, antes de eles chegarem, não só não estavam lá, como não eram sequer sonhados por ninguém.
Como no Brasil (8.510.296 km2), em Angola (1.246.700) e em Moçambique (801.590), ou seja, uma área de cerca de dez milhões e meio de quilómetros quadrados, superior à dos Estados Unidos da América ou à da China.
Fora o resto, que é muito, disperso por todos os cantos do mundo...
Entretanto, Portugal (Continente e arquipélagos da Madeira e dos Açores) continua a singrar tranquilamente o seu destino, regressado aos limites geográficos que a História lhe concedeu (e que mal chegam a 93.000 km2)...
Patrícia Mamona, vice-campeã olímpica, com a bandeira do seu país |
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