Júlia Barroso (1930-1996) (Saiba mais sobre ela - aqui) |
Meu amor na vida
sem
vida eu vivo aqui
Desde que à partida, meu Zé, fiquei sem ti
Bem peço aos retratos "Socorro!"
São mudos, ingratos: vem tu, se não morro!
Desde que à partida, meu Zé, fiquei sem ti
Bem peço aos retratos "Socorro!"
São mudos, ingratos: vem tu, se não morro!
Nem mesmo a saudade me traz consolação
Quero a verdade, não quero uma ilusão
Na alma ainda me dói, meiga a tua voz
Quando o barco foi tão mau pr'a nós
Quero a verdade, não quero uma ilusão
Na alma ainda me dói, meiga a tua voz
Quando o barco foi tão mau pr'a nós
Adeus,
não afastes os teus olhos dos meus
Até quando ao longe a bruma a pairar
me consuma entre as ondas do mar e os céus,
Até quando ao longe a bruma a pairar
me consuma entre as ondas do mar e os céus,
Adeus,
não afastes os teus olhos dos meus
Dá-lhes carinhos,
que partem ceguinhos de amor pelos teus
que partem ceguinhos de amor pelos teus
Sei que tu existes e
sei também, meu Zé
Que há palavras tristes e que uma delas é
a que me tortura: distância
Nem sei se há mais dura na minha ignorância
Que há palavras tristes e que uma delas é
a que me tortura: distância
Nem sei se há mais dura na minha ignorância
Há palavras belas, mas quase as esqueci
Véu, noivado, estrelas, altar e outras p'ra aí
Quando as ouvirei todas?
Véu, noivado, estrelas, altar e outras p'ra aí
Quando as ouvirei todas?
Sol, Jesus...
Hoje apenas sei estas sem luz
Adeus,
Hoje apenas sei estas sem luz
Adeus,
Quem sabe alma querida,
adeus,
se é por toda a vida?
Adeus,
não afastes os teus olhos dos meus
Dá-lhes carinhos
Que partem ceguinhos de amor pelos teus.
Dá-lhes carinhos
Que partem ceguinhos de amor pelos teus.
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