"Grão de Arroz":
O meu amor é pequenino como um grão de arroz,
É tão discreto que ninguém sabe onde mora.
É tão discreto que ninguém sabe onde mora.
Tem um palácio de oiro fino onde Deus o pôs,
E onde eu vou falar de amor a toda hora!
Cabe no meu dedal, tão pequenino é,
E tem o sonho ideal de esperança e fé
É descendente de um sultão, talvez do rei Saul,
Vive na casa do botão do meu vestido azul!
Ai, quando o amor vier,
Seja o que Deus quiser!
O meu amor é pequenino como um grão de arroz
Tem um palácio que o amor aos pés lhe pôs!
Ai, quando o amor vier,
Seja o que Deus quiser!
O meu amor tem
um perfume que saiu da flor,
Anda envolvido no meu lenço de cambraia.
E vem falar ao meu ouvido com tamanho ardor,
Que tenho medo que da orelha me caia!
Só eu sei traduzir o seu pensar,
Sorri, se vê sorrir o meu olhar!
O meu amor tem um apelo que a paixão lhe pôs,
É tão pequeno como um pequenino grão de arroz!
Ai, quando o amor vier
Seja o que Deus quiser!
Mais de Amália Rodrigues: aqui - "Casa Portuguesa"
Sem comentários:
Enviar um comentário