… mas, se ainda forem algo
num mundo oculto e impercebível,
o que são agora?
o que são agora?
Onde estão?
O que sobra deles,
o que sobra do que foram?
O que lhes ficou dos risos e das lágrimas,
O que lhes ficou dos risos e das lágrimas,
dos sonhos e das angústias,
das dores e das ilusões,
das cóleras e das paixões,
dos ódios e dos afectos?
O que lhes resta de tudo isso?
Ter-se-ão eles convertido,
por qualquer secreta e cósmica alquimia,
em entes superiores e intangíveis
– sendo por isso, hoje,
misteriosamente,
escondidamente,
poderosamente,
muito mais do que aquilo que foram antes?
Vêem?
Ouvem?
Apreendem?
Compreendem?
muito mais do que aquilo que foram antes?
Vêem?
Ouvem?
Apreendem?
Compreendem?
Reconhecem?
Relembram?
Sentem?
Agem?
Interferem?
Relembram?
Sentem?
Agem?
Interferem?
Zelam?...
... ou terão sofrido apenas,
... ou terão sofrido apenas,
e para sempre,
a queda no absoluto, irreparável e inglório apagamento?
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