quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Justiça cega? Semi-cega? Ou estrábica? (1)


"(…) O que vale a pena ser explicado, e voltarei ao assunto em próxima crónica, é que o perigo maior não é o de ter os eleitos a escrutinar com mais eficácia os operadores de justiça, é ter os operadores de justiça a agirem sem rei nem roque.
Todos somos a favor de mais meios para a investigação, mas os democratas não podem aceitar que a separação de poderes se transforme na existência de um poder que se julga no direito de não ser escrutinado.
Não temos de fazer uma opção entre a politização da justiça e a judicialização da política. Temos de lutar sem hesitações para que não exista nem uma, nem outra.
É mais simples do que parece e não se coaduna com paninhos quentes em relação a magistrados que fazem chantagem com os eleitos do povo." (*)
 (*) Paulo Baldaia – Jornal de Notícias – 18 de Dezembro de 2018

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